A DEFICIÊNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA

quinta-feira, 20 de maio de 2010



O entendimento da trajetória do portador de necessidades especiais ao decorrer da história é indispensável para compreendermos as suas possibilidades futuras. Para que saibamos para onde vamos é necessário saber de onde partimos.
A história, com foco na deficiência, pode ser dividida em 03 (três) períodos, sendo eles:
Período místico-oculto (Antiguidade/Idade Média); biológico-ingênuo (Séc. XV/Idade Moderna); período científico (Idade Contemporânea).
No período místico-oculto a sociedade era dividida através da divisão econômica. Como na época o que predominava era a agricultura e o artesanato, quem possuía terras eram considerado pessoas (nobres), quem trabalhava para estes “senhores” eram considerados coisas. Partindo desta idéia, o deficiente não representava nada para a sociedade, pois ele não trabalhava, e então inexistia como problema social.
Devido à visão teocêntrica adotada neste período, tudo gira em torno de Deus. A religião impunha aos homens o conceito de perfeição e, uma vez sendo imperfeito, o deficiente não poderia ser uma obra divina e assim, deveriam e eram segregados da sociedade.
Não era permitido o direito de sucessão e herança para portadores de qualquer necessidade.
A importância da eugenia era tão forte que tanto Grécia, quanto Esparta, e outros países e regiões, era necessário o abandono e a eliminação das crianças disformes, privando assim a sociedade do convívio com os “anormais”.
No Império Romano, “o Código das Doze Tábuas,” determinava que os pais matassem os seus filhos “defeituosos” no momento do parto, para que a imperfeição fosse banida da sociedade.
Com o início do Renascimento acontece um período de valorização humana. Ocorre então, uma forte mudança social. Uma nova classe sobe ao poder. O comércio ganha força e nasce uma nova classe social, a burguesia. Surge nesta transição uma nova mentalidade, e um movimento chamado Iluminismo. Este novo pensamento provoca a queda da monarquia, fortalecendo o modernismo na Idade Média.
Com o Cristianismo o homem era visto como criação e manifestação de Deus, não mais sendo permitido o extermínio. Desta forma, inicia-se um período de ambiguidade caridade-castigo, onde a Igreja tratava os deficientes como dignos de caridade, e em contrapartida, não conseguindo aceitar a existência desta imperfeição, aplicavam castigos e torturas capazes de leva-los á morte.
Não havia nenhuma atividade aos portadores de deficiência, restava apenas o posto de “bobos” para divertir os senhores e seus hóspedes.
Esta nova mentalidade é o que criará as instituições, para que aqueles que não fossem mortos tivessem abrigo para manter-se segregados da sociedade, não oferecendo nenhum tipo de proposta educacional, pois eram tidos por incapazes.
Durante a mudança do renascimento para o Iluminismo surgem as primeiras pesquisas sobre possíveis causas e tratamentos da deficiência.
Neste contexto nasce o período biológico-ingênuo, que foi marcado pelo desenvolvimento científico e comercial. O homem passa a se afastar da idéia de divino, favorecendo a visão dos deficientes como algo natural, embora isso não tenha melhorado o seu convívio social.
Estudiosos como Paracelmo e Cardano alertam sobre a necessidade de tratamento especializado, e como esta preocupação não era voltada ao convívio social, nasce os primeiros hospitais psiquiátricos.
Estes não mantiveram características de tratamento, mas acabaram tornando-se confinamento aos que fossem inconvenientes à sociedade.
Como a atividade econômica era muito importante e a mão de obra indispensável, os deficientes continuaram sem um papel de importância social, então eram segregados da sociedade evitando transtornos aos “produtores”.
Foi neste período em que surge a teoria evolucionista de Darwin, ajudando a entender porque uns morriam e outros viviam (seleção de espécies).
Também foi possível contar com grandes nomes, como Pinel, Down, Froebel na classificação de “doenças” e Freud, com a teoria da psicanálise como técnica terapêutica, possibilitando a compreensão e educação da criança deficiente.
Após a Revolução Francesa, em um período de políticas públicas educacionais, encaixa-se o período científico.
No início do séc. XX o Brasil ainda atendia os portadores de deficiência em instituições com influências médico-pedagógicas sendo afastadas da sociedade. A defesa da cidadania e do direito à educação de pessoas portadoras de deficiência foram concretizadas apenas em meados do séc. XX.
Neste período, a concepção de deficiência não é só atrelada à aspectos biológicos, mas sim históricos e culturais. É percebido que deficientes que tinham acesso á educação sistematizada eram capazes de aprender. Esta descoberta incentiva novos estudos, e então nascem diversas diretrizes e métodos educacionais que são expandidos para os Eua, Canadá e, mais tarde, à diversos outros países, incluindo o Brasil.
A visão sobre os deficientes começou a mudar logo após as duas guerras, quando foi necessário descobrir o que fazer com grande parte da sociedade e soldados que foram mutilados, e precisavam ser integrados novamente ao convívio social. Neste instante inicia-se uma visão para inclusão.
Nesta nova mentalidade o deficiente é visto como alguém que precisa de ajuda, e quem o ajuda é tido como herói, por seus atos humanitários.
A deficiência é vista como condição humana e passa a ser defendida pela Constituição. Mas é importante lembrar que este espaço só foi conquistado por que pessoas que possuíam limitações, foram através de seus conhecimentos e necessidades lutar, criar e conquistar o que precisavam.
Entre estes estão Braille, Valentin Haüy, e Roch Ambroise Sigard que cria a linguagem dos sinais, que teve muita importância para diversos professores, entre os quais o português-francês Jacob Pereira repercutiu no Brasil em meados do séc. XX.

A SALA DE AULA COMO AMBIENTE ALFABETIZADOR



O educador que tem como finalidade principal a aprendizagem de seus alunos. Deve proporcionar uma sala de aula que lhes permita ter acesso a diversos tipos de cultura escrita, com os quais possam interagir.

Uma das funções estabelecidas pelos PCNs para língua portuguesa é levar o aluno a “utilizar a linguagem escrita de modo atender as múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos e considerar as diferentes condições de produção de discurso”, ou seja, que o aluno além de alfabetizado, faça uso da leitura e da escrita em práticas sociais.
A partir dos anos 80, houve uma transformação no conceito de aprendizagem da escrita e da leitura. Ao invés de se preocupar “como se ensina”, o foco passou a ser “como se aprende”.
Anteriormente as crianças ingressavam nas escolas apenas aos 7 anos, e tinham um contato mais direto com a cultura escrita a partir desta idade. As historias eram contadas oralmente, não valorizando o material escrito. Hoje há uma grande diversidade de livros infantis, especialmente elaborados para crianças em processo de alfabetização.

O contato com a língua escrita acontece desde a infância, os próprios pais, mesmo inconscientemente, facilitam o processo de aprendizagem na medida em que proporcionam o contato com diversos portadores de texto.

A criança urbana cresce em meio a uma sociedade letrada, e está em contato com a linguagem escrita por meio de diferentes portadores de texto como livros, jornais, embalagens, revistas, cartazes, placas de ônibus, entre outras.
O grande desafio do educador é alfabetizar letrando, ou seja, proporcionar interações com a cultura escrita de forma que o aluno faça uso social da linguagem escrita, vista que, para vivermos em uma sociedade letrada é necessário sermos letrados. Para tanto, é indispensável, um ambiente alfabetizador na sala de aula.

Para compreender melhor o termo alfabetizar letrando, é necessário definirmos o que é alfabetizar e o que é letramento.
Alfabetizar é simplesmente ensinar a leitura e a escrita, o domínio do funcionamento do sistema alfabético, ou seja, saber ler e escrever convencionalmente.
Letramento é utilizar a escrita e a leitura em práticas sociais, como por exemplo, ler jornais e revistas, interpretar tabelas, contas de água , luz, preencher um requerimento, são alguns exemplos de vida cotidiana.

Segundo o Referencial Curricular para Educação Infantil, as crianças que são provenientes de famílias que a leitura e a escrita são marcantes, apresentam maior facilidade para lidar com as questões da escrita, do que aquelas que não têm este modelo de praticas de leitura em seu lar.

De acordo com Ana Teberosky, um ambiente alfabetizador “é aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos – digitais ou em papel – um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo o momento esses escritos, que faz circular idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora”. Permitindo desta maneira, a inserção da língua escrita no cotidiano do alfabetizando, seja por meio de revistas, jornais, gibis, livros, cartazes, das palavras na lousa, ou de situações cotidianas, como outdoors, letreiro de ônibus ou metrô, caixas eletrônicos etc.

O ambiente alfabetizador, portanto, deve ser organizado de forma que se constitua uma ferramenta de aprendizagem, e que inclua diversos gêneros textuais, os quais devem estar acessíveis aos alunos e permitir uma interação com os mesmos.

Tal ambiente não valoriza apenas a aparência, o material escrito deve estar relacionado com as atividades desenvolvidas, de acordo com as necessidades dos alunos, o que possibilita as crianças construírem seu próprio conhecimento, e, neste processo dinâmico de aprendizagem, o professor é o mediador.

O Construtivismo defende, basicamente, a ideia de que não há como integrar uma criança à leitura e escrita separando o ambiente material do ambiente social; já que as crianças precisam criar hipóteses e comprová-las para que haja o aprendizado. Cada indivíduo aprende a seu tempo levando em conta sua leitura de mundo, por este motivo, um determinado material é visto de maneira diferente por duas crianças, e até pela mesma em um processo distinto de aprendizado.
O ato de ler e escrever não são inatos ao ser humano e depende de um período de aprendizagem, passando da alfabetização para a escrita e da escrita para a capacidade de leitura.

As famílias enviam as crianças à escola para aprenderem a ler, para que possam aprender lendo.

Essa expectativa dos pais deve ser assumida pela escola através das intervenções docentes e das práticas curriculares. É necessário o impedimento da fragmentação da língua, afastando o método tradicional da escola, que insiste em separar os materiais reais da sala de aula, ignorando a evolução e necessidade da sociedade contemporânea. A criança em posse destes materiais não recebe apenas estímulos escolares, mas também sociais, assim conseguindo relacionar os materiais que já estão disponíveis em casa com os disponíveis dentro da escola ela consegue aprender de maneira mais fácil, pois consegue enxergar o sentido da leitura.

Antes de entrar na escola as crianças já interagem com múltiplas formas de textos, mas é no início da alfabetização que elas passam a interagir de maneira mais sistematizada, tornando-se capazes de conhecer estruturas diversas, linguagens específicas, regras; exemplo: por que escreve, para que, para quem, quando acontece o fato, onde, como se escreve. O texto escrito se apresenta como objeto cultural dentro ou fora da escola e, por esta razão, precisa ser objetivo e apresentar singularidade.

Ler não implica apenas em que o leitor apreenda o significado, e sim, que consiga trazer para o texto lido a visão e experiência que possui, implica na interação direta entre leitor e texto, permitindo elementos para a construção de novos textos.

O aluno não lê para aprender a ler, lê para atingir objetivos, para viver e interagir com os outros, estimular o lúdico, ampliar os esquemas cognitivos através de pesquisas e projetos criados.

Quando se tem o objetivo de estimular a criança a descrever, falar sobre, e entender diversos tipos de leitura e escrita, é indispensável o uso de materiais de seu cotidiano; exemplo: folders e impressos públicos; jornais; revistas; rótulos de produtos domésticos, receitas, etc; assim como: gibis, contos de fadas, alfabeto, calendário, parlendas, rimas, textos instrucionais, etc...

O aprendiz desenvolverá interesse pela leitura e escrita através da percepção de sua importância. Os materiais precisam fazer sentido para o seu mundo e trabalhar, simultaneamente, diversos aspectos, desde a leitura e escrita até a sistematização e reflexão dos conceitos abordados. Estes estímulos tornarão o aprendizado não mecânico, permitindo que ao processo que o educando aprenda consiga encontrar significado no texto escrito.

As crianças que vivem em regiões urbanas possuem maior acesso à leitura e escrita; graças às informações disponíveis em seu dia-a-dia. Ao serem expostas à um mundo letrado, estas crianças passam a fazer a leitura de signos mesmo que ainda não saibam ler convencionalmente, são capazes de reconhecer a marca do refrigerante predileto, assim como a marca do produtos consumidos em casa, etc.

Segundo Ana Teberosky, os professores como guiadores deste processo possuem a responsabilidade de criar um ambiente alfabetizador rico em materiais apropriados, levando em conta o conhecimento prévio dos alunos, garantindo um trabalho contínuo e gradativo para o processo de aprendizagem.

A localização dos materiais escritos determina o nível de interesse que as crianças terão em manuseá-los. Por esta razão, os materiais escritos, sejam os das prateleiras da biblioteca ou os disponíveis em sala de aula, devem estar sempre ao alcance das crianças e nunca sobre quadros negros e armários.

É imprescindível que o professor escolha os materiais de forma criteriosa, visando garantir qualidade e atratividade, facilitando a compreensão das crianças. Este processo é possível através de materiais de linguagem simples, com clareza de ilustrações e sentidos, características de previsibilidade do texto, níveis de repetições e etc.

A troca do material em um ambiente alfabetizador é o termômetro que mostrará o desenvolvimento do trabalho. Logo, os materiais que permanecem sem troca, ao longo do curso, provam que não foram usados como ferramentas de ensino, mas simplesmente como objetos decorativos. Já, os materiais que são trocados periodicamente provam seu valor funcional e sua riqueza como recurso educativo.

A escola encarregou-se de sistematizar e organizar a alfabetização, criando mecanismos para ensinar a ler e escrever, porém, transmutou o ensino da escrita tirando a característica social transformando-a em objeto escolar apenas, esquecendo que aprender a ler e a escrever é importante na escola por ser importante para o mundo, mas não o contrário.

O ensino não acompanhou o progresso e continua engessando os indivíduos que nela permanecem sendo obrigados, desde a primeira série a repetir de forma mecânica um universo de exercícios que só os distanciam dos usos significativos da linguagem escrita e, até mesmo, da linguagem oral. Isso contribui para que o indivíduo tenha apenas a ilusão de alfabetização, pois uma vez que ele não consegue enxergar essas atividades fora da escola, passa a acreditar que tudo o que se espera dele é que ele cumpra os exercícios e desenvolva os métodos, e que ignore a apropriação que poderia fazer do uso da linguagem.
As atividades escolares são padronizadas e controladas pelo método e pelo currículo escolar. Os professores também possuem grande culpa neste processo, pois, muitos não param para tentar conhecer as diferentes hipóteses que passam pela mente das crianças, fazem apenas engessar estas idéias e calar as vontades. Não se dão conta, em momento algum, que estas crianças perderão o poder de criar, tornando-se escravos das práticas tradicionais, não sendo a eles permitido se aventurarem por caminhos mais autênticos e criativos, não poderão desenhar seu cachorro cor de rosa, nem sua casa voadora, pois tudo tem que ser aprovado e sacramentado pela escola.
Hoje as crianças no estado de São Paulo precisam ainda mais que as escolas criem um ambiente alfabetizador, pois vivendo em uma grande metrópole é indispensável que esses alunos, independentemente de sua classe social, consigam se fazer valer da escrita e da leitura, pois é lendo que se aprende e escrevendo que se guarda as informações para lembrar nos dias seguintes.

Ana Teberosky reforça a riqueza dos textos extracurriculares e a importância do “ambiente alfabetizador” rico em diversos materiais, sem restrições. Assim as crianças podem interagir com o seu mundo dentro e fora da escola, a leitura é um objeto do mundo e no mundo. Já, uma vez que a escola não apresenta a diversidade de textos que o mundo letrado oferece, mais deixa a errônea impressão de que os textos e a leitura se tratam de uma tarefa apenas escolar, tornando a aprendizagem fria e sem sentido. Quanto maior familiaridade a criança tiver com os textos, maior será a sua capacidade a adaptar-se a ele, identificando e criando hipóteses.

É necessário que os educadores percebam que as crianças não aprendem a ler e escrever apenas por que vêem os outros lendo e escrevendo. Elas só obterão este interesse uma vez que sentirem-se estimuladas, criando experiências, tateando o objeto de estudo, traçando possibilidades com os objetos que o meio lhe oferece. Mas também existe a necessidade de adultos-condutores que sejam capazes de estimular suas curiosidades e ajuda-los a conduzirem este processo de forma sistematizada.

Uma sala de aula não se caracterizará um ambiente alfabetizador por conta dos materiais que o compõe, mas sim, pelas ações voltadas para a leitura e escrita. O professor que se mostra leitor, lendo e escrevendo aos seus alunos, fará com que seus alunos entendam a importância e complexidade destes atos e sintam-se cada vez mais estimulados e desafiados a descobrirem as funções sociais e culturais da linguagem. E para este fim, para ajudar no desempenho desta atividade que enfatizamos a utilização dos contos de fadas nas salas de aula.



BIBLIOGRAFIA
TEBEROSKY, Ana. Aprender a ler e escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: 2003.
REVISTA NOVA ESCOLA ANO XX, Nº 187
RAMALHO, Lisete Siqueira; SANTOS, Isabel de O. Souza dos. O papel do ambiente alfabetizador no processo de aprendizagem. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Faculdade Sumaré: 2007.


Webgrafia
http://revistaescola.abril.com.br

A BRANCA DE NEVE E OS 7 ANÕES

sábado, 8 de maio de 2010



Adaptado do conto dos Irmãos Grimm

Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa Branca de Neve. Sua pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue eos cabelos pretos como o ébano.

Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente.

O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela possuía um espelho mágico, para o qual perguntava todos os dias:

— Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu?

— És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha!— respondia ele.

Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela.

Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa avestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por todos.

Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho:

— Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu?

— Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela!

A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa.

No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na floresta, mas não a matou.

— Princesa, — disse ele — a rainha ordenou que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer e sempre fui leal a seu pai.

— A rainha?! Mas, por quê? — perguntou aprincesa.

— Infelizmente não sei, mas não vou obedecer a rainha dessa vez. Fuja, princesa, e por favor não volte ao castelo, porque ela é capaz de matá-la!

Branca de Neve correu pela floresta muito assustada, chorando, sem ter para onde ir.

O caçador matou uma gazela, colocou seu coração numa caixa elevou para a rainha, que ficou bastante satisfeita, pensando que a enteada estava morta.

Anoiteceu. Branca de Neve vagou pela floresta até encontrar uma cabana. Era pequena e muito graciosa. Parecia habitada por crianças, pois tudo ali era pequeno.

A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve lavou a louça, as roupas e varreu a casa. No andar de cima da casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e dormiu. Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem para casa, se assustaram ao ver tudo arrumado e limpo. Os sete homenzinhos subiram a escada e ficaram muito espantados ao encontrar uma linda jovem dormindo em suas camas.

Branca de Neve acordou e contou sua história para os anões, que logo se afeiçoaram a ela e a convidaram para morar com eles.

O tempo passou... Um dia, a rainha resolveu consultar novamente seu espelho e descobriu que a princesa continuava viva. Ficou furiosa. Fez uma poção venenosa, que colocou dentro de uma maçã, e -se numa velhinha maltrapilha.

— Uma mordida nesta maçã fará Branca de Neve dormir para sempre — disse a bruxa.

No dia seguinte, os anões saíram para trabalhar e Branca deNeve ficou sozinha.

Pouco depois, a velha maltrapilha chegou perto da janela da cozinha. A princesa ofereceu-lhe um copo d’água econversou com ela.

— Muito obrigada! — falou a velhinha —coma uma maçã... eu faço questão!

No mesmo instante em que mordeu a maçã, a princesa...
AGORA É SUA VEZ... USE A CRIATIVIDADE E CONTE UM NOVO FINAL!!!

10 RAZÕES PARA UM PROFESSOR TORNAR-SE BLOGUEIRO

sexta-feira, 7 de maio de 2010


Quem pensa que blogs fazem parte do nicho de modinhas jovens apenas, está muito enganado. Hoje esta febre foi inserida em praticamente todas as profissões. Tornou-se um espaço para que todos digam o que pensam, sentem, ou entendem sobre determinado assunto.

Sendo assim, a educação não poderia manter-se fora desta inclusão. Hoje já é mais que comprovado os recursos pedagógicos apresentados por esta ferramenta.

Existem, ao menos, 10 razões para que um professor torne-se blogueiro. Tomem nota e reflitam se já é ou não hora de você comprar esta ideia.

AS VANTAGENS DO BLOG

  • UNIR PROFESSORES E ALUNOS
    Se um aluno cria um blog e o professor reconhece este universo, ele passará a ter um novo espaço para orientar e direcionar seu aluno. Ganhará mais respeito e credibilidade pelo reconhecimento.
  • PERMITIR MAIOR REFLEXÃO SOBRE O CONTEÚDO
    O professor blogueiro ao expor sua opinião, está sujeito à críticas e elogios. Com isso, reflete mais sobre seu trabalho, e faz os alunos pensarem mais no assunto proposto já que trata-se de um ambiente menos formal.
  • MANTER-SE ATUALIZADO
    O professor blogueiro precisará buscar com muito mais frequência assuntos diversos e atuais à serem discutidos com a turma.
  • CRIAR UMA ATIVIDADE FORA DO HORÁRIO DE AULA
    Através de uma novidade o professor instiga os alunos a produzirem e estudarem além do horário de aula, propondo novos assuntos, atividades interessantes e gabaritos. Cria novos desafios e é correspondido.
  • TRAZER EXPERIÊNCIAS DE FORA DA ESCOLA
    O blog permite que alunos de outras escolas e regiões interaja sobre o mesmo tema. O que torna possível acompanhar a evolução da turma.
  • DIVULGAR O TRABALHO DO ALUNO E DO PROFESSOR
    As produções de alunos e professores podem ser divulgadas no blog e comentadas por internautas de todo o mundo. O que valoriza ainda mais o esforço aplicado.
  • PERMITIR O ACOMPANHAMENTO
    Com os blogs os pais ganham o poder de monitorar as atividades dos filhos e acompanhar de perto o que está sendo ensinado pelo professor. O que não acontecia facilmente em relação às aulas.
  • ENSINAR LINGUAGEM DIGITAL
    Com a criação do blog, alunos e professor são obrigados a passar por uma “alfabetização digital” o que irá propiciar maior facilidade em acesso e navegação aos recursos da internet.
  • ESTIMULAR A CRIATIVIDADE
    Os alunos reconhecem a importância da postagem de seus trabalhos e está publicidade aumentam os seus poderes de criação.
  • PERMITIR A TROCA DE INFORMAÇÕES POR INTERESSES
    O professor blogueiro pode seguir outros blogs e receber diariamente novas informações de seu interesse e postando suas ideias contribui simultaneamente com as buscas alheias.

Espero ter contribuído para sua decisão, boa sorte!!!



























A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS PARA A ALFABETIZAÇÃO


Durante os primeiros anos de vida as crianças vão construindo maneiras de relações com o mundo e com as pessoas. Através de seu convívio com o meio ela passa a interagir com o emocional, o reconhecimento do próprio corpo, tudo influencia para que este indivíduo, nesta fase, desenvolva mais os critérios emocionais que os lógicos e objetivos.

Ricos de significados, com estrutura simples, histórias simples e personagens com características pessoais, os contos de fadas envolve a mente infantil, entretendo-as e estimulando a imaginação, sendo um dos mais eficazes na transformação de pequenos leitores. Este material também envolve diretrizes de como a criança deve se comportar diante da sociedade, deixa claro que para tudo existe uma solução que direciona o caminho a um final feliz e, uma vez partilhando deste mundo mágico a criança adia a percepção complexa do mundo que destrói as fantasias.


Mas é necessário saber que a importância dos contos de fadas vai muito além de sua característica lúdica. Os contos, geralmente, são utilizados por adultos interlocutores voltados ao entretenimento já que existe um interesse especial por estas histórias, independente de classes sociais. E este material como aliado da leitura e escrita é capaz de revestir uma linguagem de qualidade e estética para a escrita, levando as crianças a aprenderem muito mais que letras, passam a ser capazes de compreender gêneros, estrutura textual, entre diversos recursos linguísticos.


Ouvir histórias é importante para a formação de qualquer criança, escuta-las já é o início da aprendizagem onde elas terão um caminho de inúmeras descobertas e compreensão do mundo, é uma forma de entender o mundo e seus conflitos, e a solução para problemas que todos os personagens encontram, e que também dará estímulos para que eles superem seus próprios obstáculos. Os contos de fadas como componente de um ambiente alfabetizador possui poderes imensuráveis,mas para que ele tenha o seu papel aplicado de maneira correta em sala de aula é necessário a intervenção de um adulto-orientador para adaptar o andamento das atividades às necessidades do grupo.